Shanghai: geléia geral

Como o calor deu uma melhorada, caminhamos mais pela cidade e ficamos até mais tarde na rua. Infelizmente as fotos noturnas não ficaram boas, mas basta colocar no Google Imagens e ver o futurista que é esta cidade com as luzes dos edifícios de Pudong acesas! O dia de hoje, o último na cidade, foi diferente e divertido: começou com o café-da-manhã numa padaria francesa ótima e depois com uma visita a um salão de beleza. Eu morri de rir e fiquei com medo de deixar o Rodrigo sozinho, pensei que ele ia voltar com a cabeça raspada (mas não, vejam a foto do galã)!

Elas não entendiam nada do que eu falava e vice-versa, então a conversa foi à base de sorrisos. Aqui eles colocam o shampoo com o cabelo ainda seco na cadeira mesmo e te massageiam até o ombro. Só depois é que você vai pro chuveirinho e a cadeira fica totalmente na horizontal enquanto ela enxagüa e faz mais um pouquinho de massagem. Muito bom! Ainda fiz unha, sombrancelha e sequei o cabelo (taí o Rodrigo me fuzilando de foto que não me deixa mentir!). Ai que gostoso é poder cuidar da gente por apenas 10 euros...

Seguindo as recomendaçoes de amigos que já estiveram aqui, fomos conhecer o "fake market", o tão falado mercado de produtos falsificados de Shanghai. Depois que o famoso Xiang Yang fechou suas portas em 2006, agora o que bomba de turistas é o Yatai Xinyang, um mercado "underground" de verdade, porque fica dentro da estação de metrô do Science and Technology Museum. Ou seja, o cliente nem tem que ver a luz do dia pra comprar o que quiser, de roupas a cadeados e chopsticks. Como sou contra a pirataria, não comprei nada, mas que dá vontade, isso dá! Se a pessoa não tem a menor intimidade com a industria têxtil, não vai notar nenhuma diferença entre cópia e original. Claro que há cópias toscas, mas também estão as cópias "high class", as de qualidade muito similar à da peça original, mas que ainda assim lhe roubam a marca.

Vi vendedor correndo atrás de gringo com calculadora na mão; muita gente gritando quando você passa; clientes provando calça jeans no meio da loja (você acha que tem provador?); gente saindo enfurecida de alguma loja; e muitos chineses sorrindo! Porque, por mais barato que você pague depois de uma dura "negociação", eles sempre saem ganhando. Foi um passeio legal, afinal, este é o conceito que ainda temos dos produtos chineses: falsos e de qualidade inferior.

Como hoje é Dia dos Namorados aqui, fui convidada pra jantar num restaurante thai, uma das minhas comidas favoritas. O lugar era legal e a comida, nota 10! É só olhar pra foto do meu "pratinho" (ainda havia mais 4 pratos diferentes!). Comemos muiiiito e o difícil foi voltar para o hotel em metrô, porque coincidimos com o horário de saída dos chineses que trabalham nos shoppings centers e estava tudo lotado, como se fosse saída de show no Camp Nou!

O pior é que eles não esperam as pessoas saírem para entrar, aí é uma confusão tremenda, com a porta fechando e uns loucos tentando abri-la à força. Fiquei meio tensa, confesso. Li nestes dias que o governo está fazendo uma intensa campanha educacional justamente para evitar esse tipo de transtorno: primeiro saem e depois entram, regra básica! A última foto sou eu, sorridente, saindo vitoriosa do metrô.

Amanhã voltamos pra Beijing para pegar o avião de volta à casa. Tá na hora já. Beijos.

Shanghai deliciosa e quente!

O protagonista indiscutível dos últimos dois dias foi o calor. Hoje estávamos a 36 graus mas a umidade é tanta que a gente sua sem parar, é impossível caminhar pela cidade sem que suas pernas te levem para dentro de um shopping center com ar-condicionado potente. Não imaginava esse calor! Mas também não imaginava que fosse gostar tanto dessa cidade!

As fotos de hoje são do bairro antigo de Shanghai e do Jardim de Yuyuan, um oásis (insuportavelmente quente) dentro da cidade de arranha-céus. O jardim fica rodeado de restaurantes e lojinhas de souvenirs e produtos falsificados: aqui você encontra de iPhone a canetas Montblanc tão verdadeiros como nota de R$3! No entanto, foi o lugar onde vi o maior número de ocidentais passeando e comprando suas Louis Vuitton.

Devido ao calor, desistimos de andar a pé, mas encontrar um táxi vazio aqui é uma tarefa hercúlea; para cada um que deixa um passageiro, há 5 grupos esperando! Voltamos para descansar no hotel e esperar passar o pior do calor ou o cansaço não deixa ninguém sair de noite.

Uma coisa que me chamou muito a atenção nesses dias é que foi a primeira viagem em que não encontrei um brasileiro sequer, NENHUNZINHO! Onde há monumentos, lojas e filas, há um brasileiro pelo menos, exceto por estas bandas! Em nenhuma das 3 cidades que fui, as mais turísticas da China, escutei alguém falando português. Pela primeira vez, vimos mais venezuelanos e espanhóis que meus conterrâneos numa viagem.

O mais incrível do dia foi ter encontrado um casal de pacientes da clínica en plena cidade antiga. Se tivéssemos combinado, não teria dado tão certo. Eles estavam numa excursão cheia de espanhóis e a senhora ficava apresentando "meu dentista, meu dentista!". Eta mundo pequeno! Durante  minutos, o único que eles fizeram foi reclamar da comida, exatamente o que eu e Rodrigo mais gostamos e aproveitamos. Por falar nisso, hoje comi saladinha no almoço para dar uma aliviada, mas esta noite jantaremos em Pudong e dá-lhe comilança chinesa outra vez!

Falta pouco pra voltar pro meu pão com tomate catalão. Beijos.    

Shanghai rocks - de dia!

Sempre que gosto muito de uma coisa, tento descrevê-la com uma palavra apenas. Quanto mais eu andava hoje por Shanghai, mais interessante achava a cidade e mais difícil era encontrar a tal palavra. Agora à noite, depois do jantar, achei. Shanghai é efervescente! A comparação com NY é bastante óbvia, mas é a única que me vem à cabeça. Uma cidade que não pára, lugares abertos 24 horas e cheios o dia inteiro, lojas de todas as marcas, gente esquisita, tudo é grande e majestoso, avenidas largas, muito anúncio, muita cor, muito barulho.

Como nosso hotel tá no burburinho, estamos fazendo tudo a pé mesmo. Hoje descemos a Nanjing Road, a avenida comercial mais famosa, em direção leste, passando pela Praça do Povo. Há shoppings, lojas e ambulantes te oferecendo imitação de bolsas, relógios, tênis e mais o que o cliente sonhar. Se você quiser, basta entrar nas ruazinhas tranversais à avenida principal, que é onde o mundo fake vive nas sombras, mas ativamente.

Descemos até chegar à beira do Rio Huangpu no bairro conhecido como "Bund", o antigo embarcadeiro. O bairro era para os europeus a Wall Street do passado e apresenta construçoes que podem ser comparadas a Nova York dos anos 30, muitas das quais foram convertidas em lojas, bares e restaurantes de moda. Nesta parte da cidade, onde a vista para o bairro futurista de "Pudong" é sensacional, fica evidente como Shanghai é atualmente um canteiro de obras. Além da vista espetacular de Pudong, chamam atenção o grande movimento de embarcaçoes no rio e a comparação entre a antiga e a nova cidade que está surgindo. Segundo o Rodrigo,a gente almoçou na Terra (Bund) olhando Marte (Pudong).

É que hoje escolhemos o restaurante em função da vista e fomos ao "M on the Bund", famosinho aqui por estar no sétimo andar de um edifício de frente pra Pudong. Além da vista, M é aconchegante e a comida é como eu gosto: pouca, light, gostosa e linda! Além de ser uma das cidades e dos portos mais importantes do mundo, Shanghai está passando por uma transformação porque vai ser a sede da Expo 2010 (www.expo2010.cn) e o acontecimento já é orgulho nacional, em todas as partes há o bichinho azul da propaganda... os chineses sempre querem provar que estão à altura do Ocidente e querem fazer bonito, vide as últimas Olimpíadas!

Minha conclusão é uma só: eu gosto de cidade grande, não tem jeito, de movimento, confusão, gente, barulho...

Momento culinário:

Depois da longa caminhada, descansamos um pouco no hotel e saímos pra jantar. A surpresa veio por conta da sobremesa: tínhamos lido alguma coisa sobre uma sobremesa que misturava feijão (o nosso feijão!), gelo e sorvete de baunilha e o Rodrigo decidiu prová-la. É inacreditável, olhem a foto. Ele falou que é gostoso, mas eu duvido, porque deixou doce na taça e isso nunca acontece. Eu não provei porque achei um crime visual e decidi não arriscar o paladar. Alguém tem que ensinar a esses chineses que feijão se come com arroz, tão popular aqui, e não com sorvete! Feio de ver!

Xi'an, sua chatice e seus guerreiros

Depois de conhecer Xi'an, o único que posso dizer é que o interio r da China não é mole não. Não é um povoado, é uma cidade com mais de 3.000.000 de habitantes, mas aqui tudo é difícil, complicado, stressante. Como praticamente ninguém fala inglês, nem nos hotéis, conseguir ser entendido ou pedir água pode ser uma tarefa árdua. Se os cardápios não têm fotos, esquece! Além disso, as pessoas parecem que têm má vontade e não fazem nada pra facilitar a vida do turista - muito diferente da capital! Outra coisa que chama a atenção é a falta de ordem e de leis no trânsito, todo mundo tenta ultrapassar todo mundo, não há respeito pelas faixas de cada um... uma loucura. Enfim, não gostei da cidade, apesar da sua importância histórica. Não me senti confortável aqui, não tinha prazer em sair do hotel e preparar-me para a "guerra" de conseguir um táxi e aventurar-me pelas ruas de Xi'an.

Já que estávamos aqui, tínhamos que aproveitar, né? Então  ontem, sábado dia 22, fomos conhecer os famosos guerreiros de terracota de Xi'an. Fica a uma hora de ônibus do centro da cidade e custa imaginar que um exército subterrâneo em tamanho real formado por milhares de soldados tenha ficado oculto por mais de 2.000 anos, sendo descoberto acidentalmente por fazendeiros locais só em 1974. O mais incrível é a riqueza de detalhes na feição de cada um e é impossível encontrar duas caras iguais. A fossa 1 é a mais imponente: aqui há cerca de 6.000 guerreiros e cavalos em formação de batalha retangular orientados ao leste. São legais as fotos e o passeio, mas a cidade deixa muito a desejar; na minha opinião, não é necessário mais de uma noite e dois dias aqui. Pode ser que tenha dado azar também, porque choveu todos os dias, mas terminava os dias meio mal humorada, com saudade de Beijing, de qualquer cidade grande e até das filas! :) Deixo aqui algumas fotos de Xi'an e agora só escreverei quando estiver de volta ao paraíso para turistas: Shanghai!

PS:

1. Como ninguém é de ferro, à noite tomamos umas cervejas e até quis colegar com a garçonete. Pobre ilusão!
2. Ontem terminei de ler a biografia do jogador Heleno de Freitas, sãojoanense como minha família, escrita pelo jornalista Marcos Eduardo Neves. Chorei muito com sua vida gloriosa e triste ao mesmo tempo. Uma leitura que recomendo, até porque histórias como essa não deveriam ser tão desconhecidas.

O bairro muçulmano de Xi'an

Como disse no post anterior, Xi'an é uma cidade importante histórica e turisticamente aqui na China, milhares de pessoas vêm à cidade para ver seus guerreiros de terracota. O centro também é muito famoso por causa do bairro muçulmano e da maior mesquita do país. A Grande Mesquita, um lugar de 13.000 metros quadrados com 6.000 metros quadrados de área construída, é muito linda e a arquitetura mistura influências árabes e chinesas. Bastante diferente das que eu já tive o prazer de visitar.

Deu pra sentir que é bastante "liberal", pois pagando, qualquer um entra. Havia mulheres de short, de saia curta, de camiseta de alcinha, coisa inimaginável nas mesquitas da Índia ou do Egito, por exemplo, onde eu tive até que tapar a cabeça. Durante a nossa visita, havia aulas de árabes para os chineses nas salas pequenas do local.

Antes e depois da mesquita, caminhamos pelo bairro islâmico, onde a quantidade de gente e de barulho faz lembrar qualquer país árabe super povoado. Todo mundo vendendo de tudo, todo mundo barganhando preços melhores, tudo muito colorido, um cheiro impressionante de comida e caminhão buzinando querendo passar naquelas ruas estreitas. Não compramos nada, mas Rodrigo esteve a ponto de comer um "churasquinho" de ovo de codorna porque ele adorou como são feitos.Por falar em comida, hoje, pela primeira vez, tivemos que dar um tempo na comida chinesa. Depois do jantar meio aberração de ontem, precisava de um descanso, até o cheiro tava me cansando. Seguindo o conselho do Alex, meu amigão de Barcelona, quando o desespero baixa na China, o mehor é o Pizza Hut. E tivemos até que fazer reserva! hehehehe É que lá tem comida ocidental de verdade e não só pizza. Comi uma salada de atum e brocheta de carne com purê de batata, até gostei da comida! E Rodrigo traçou uma pizza com milk shake de chocolate - merecidos, por sinal!Depois da comida, fomos passear na cidade muralhada com chuva. E choveu o dia e a noite inteiros!

PS: Estou preparando um post só com as comidas estranhas daqui. Tem fotos muito legais - preparem o estômago! Beijos.

Beijing x Pequim

Hoje é sexta-feira, dia 21, e já estamos em Xi'an, a cidade conhecida pelo Exército de terracota ou Guerreiros de Xi'an, além de ser a cidade onde começa a antiga Rota da Seda, que transportava mercadorias da Ásia para Europa, a principal via de comércio entre Oriente e Ocidente no passado. 

Ainda não fizemos nada, então vou contar minhas impressoes sobre Beijing. Segundo nosso guia no dia que fomos à muralha, os chineses não gostam que se utilize Pequim, que lembra o passado da cidade e o atraso. Agora chama-se Beijing, uma cidade moderna e antenada com o mundo ocidental, a capital do país mais prometedor do bloco BRIC. Se para eles isso é motivo de orgulho, para mim foi um pouco decepcionante. Entendo e aprovo a decisão de modernizar-se, mas parece que Beijing não tem nenhum compromisso com o passado.

Os hutongs, bairros antigos cheios de ruazinhas estreitas (como o bairro Gótico ou o Raval em Barcelona) são destruídos sem piedade para dar lugar a avenidas largas e edifícios gigantes e brancos. Com o preço do carro caindo, são pouquíssimas as bicicletas que se vê em toda a capital (proporcionalmente ao número de habitantes, claro). Com isso, a contaminação alcança níveis insuportáveis. Os moradores de Beijing nao vêem o céu azul no verão, o sol está tapado por uma capa de poluição. É o que defendo na minha tese de doutorado: os diferentes níveis de globalização fazem com que o fenômeno seja visto de maneira negativa no Ocidente (globalização sustentável) e positiva no Oriente (globalização econômica). Mas isso dá muito pano pra manga.

Não esperava encontrar as chinesas vestidas com metros de seda, mas também não esperava encontrar uma sociedade tão fashion e consumista. Os shoppings aqui estão em todas as esquinas e são gigantescos. A maioria das lojas da Quinta Avenida pode ser encontrada em Wangfujing. Acabou essa história de que na China só tem produto pirata e de má qualidade.

Imagino que a capital deve ter mudado muito com as Olimpíadas do ano passado, não esperava encontrar uma Delhi aqui, que ainda está há anos luz das capitais mundiais. Mas tenho quase certeza de que teria preferido Pequim a Beijing!

As fotos são de Beijing, claro! Beijos.

Um dia diferente em Beijing - e as cervejas!

Na quarta-feira (dia 19), o dia começou cinza e com chuva. Mudamos os planos pra ficar a manhã no hotel vendo um filme e arrumando a mala. Dito e feito, mas não sabia que a tarde "prometia"! Por coincidência, há uma paciente da clínica que está de férias aqui com seu namorado chinês. Não temos muito contato em Barcelona, mas mesmo assim trocamos emails e combinamos de nos encontrarmos em Beijing. Ela nos recomendou um passeio pelo bairro de Houhai e também um restaurante e um prato específico: cordeiro ao estilo muçulmano e um pão de gergelim, que são famosos aqui também.     Às 15h estávamos no restaurante e eles chegaram: Sandra e Chang Lee. O resultado foi uma tarde super divertida num lugar lindo, em terracinhas ao redor de um lago e regado a cerveja. Finalmente encontrei o que esperava de Beijing: um bairro pequeno, sem arranha-céus, bucólico, cheio de árvores, gente andando de bicicleta... ok, com muito turistas, mas com barulho de cigarras e pássaros ao fundo (e olha que eu nem ligo pra esses bichos!).

Sandra e Chang Lee, que já são amigos de toda a vida, se conheceram quando os dois moravam em Londres e agora vivem em Barcelona. Ele fala pouco de espanhol, mas se esforçou bastante com o Rodrigo. Ele é chef e já combinamos várias comidas em Barcelona! À noite, jantamos em um restaurante numa rua super movimentada perto da estação de metrô "Beijinqiao", uma rua com restaurantes dos dois lados, onde é difícil escolher apenas um. Os meninos pediram um frango com amendoim ultra picante, para mim foi impossível comê-lo, e ainda comemos kebabs de carne, frango assado (nada a ver com o nosso) e uma espécie de panqueca com cebola verde. Como é diferente sair com alguém que conhece os pratos e o idioma. No final, eles tomaram um licor local equivalente à nossa cachaça, uma coisa com 65% de álcool! Rodrigo no final estava até arriscando uma conversa em chinês com a garçonete! hehehehe

Aproveitem as fotos do lugar que eu mais gostei daqui. Hoje foi meu último dia em Beijing.

A Cidade nada Proibida

O post de hoje é meio ranzinza, apesar da beleza inconstetável da Cidade Proibida. Não consigo entender como uma obra que foi terminada em 1.420 e ficou 500 anos fechada ao público possa receber cerca de 40.000 pessoas diariamente sem nenhum tipo de cuidado especial. Tudo bem que é mês de férias aqui e Beijing está lotada de turistas chineses, além dos estrangeiros, mas entrar na Cidade Proibida e ver aquele formigueiro humano, além de desconfortável, é desalentador. Aliás, essa é uma das minhas impressões da capital: uma cidade sem compromisso com o passado, mas sobre isso vou falar em outro post. Na minha (humilde) opinião, a CP deveria ser fechada ao público. Ou adotar uma quota diária de entrada como fazem com a Alhambra, em Granada. É necessário agendar a visita com antecedência e, superado o limite diário, ninguém mais entra.

Vi gente sentada nos monumentos, vi lixo no chão, filas intermináveis e, como tudo ali dentro é "sagrado" e traz sorte, todos tocam as estátuas e tiram fotos com flash... além de ter uma Starbucks DENTRO da CP. O que é isso? Como foi permitido um mau gosto assim? Só com muito dinheiro mesmo... Se continuar dessa maneira, só vamos ver a Cidade Proibida recriada em filmes de computação gráfica.

Mas, fora isso, as contruçoes são lindas, majestosas, há inúmeros palácios e um jardim de 7.000 km quadrados. Aqui vão algumas fotos do nosso dia. Não quero dizer que o passeio não vale a pena, simplesmente acho que é necessário um cuidado muito maior com a história chinesa e com o lugar que foi o centro político e cerimonial do governo por séculos.

- Momento culinário

Ontem (terça, dia 18), fomos jantar no restaurante de pato Pequim mais famoso e badalado da cidade. Vir aqui e não comer essa iguaria deve ser como não ver a muralha. Então lá fomos nós para um bairro que fica uns 25 minutos de táxi do nosso hotel e enfrentar a fila de espera. Chama-se Da Dong Roast Duck Restaurant e vale a pena qualquer sacrifício para chegar lá! O prato estrela é, claro, o Pato Pequim. Além disso, pedimos arpargos fresco com alho, cuscus temperado (o melhor que já comi e olha que sou cuscuseira de mão cheia!) e salmão com amêndoa. A apresentação dos pratos, um cuidado que não vi aqui, é linda e o cardápio parece um livro de tão grande. Não me estranha a parede cheia de prêmios que o restaurante tem na entrada.

É isso tudo. Beijos.